Menina transgênero está na capa da National Geographic de janeiro

A edição especial dedicada à revolução do gênero terá Avery Jackson na capa para assinantes

por Marcio Caparica

A revista científica mais famosa e prestigiada do mundo vai dedicar sua primeira edição de 2017 aos novos movimentos de sexualidade e identidade de gênero que tomaram a sociedade nos últimos anos. A edição de janeiro da revista National Geographic chega às bancas dos Estados Unidos hoje com a chamada principal “GENDER REVOLUTION” (Revolução de gênero) e mostra a garota Avery Jackson, de nove anos, na capa de sua edição para assinantes.

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“A melhor coisa sobre ser uma garota é que agora eu não tenho que fingir que sou um garoto”, Jackson diz no texto da capa. As revista também tem chamadas para “como fazer um homem”, “a ciência do gênero” e “garotas em risco”.

Avery Jackson começou a fazer sua transição de gênero aos 4 anos, com o total apoio e proteção de seus pais, que são seus principais defensores. A garota tornou-se conhecida quando, em junho, inspirou a organização Planting Peace a comprar uma casa ao lado de uma de suas sedes na cidade de Topeka, nos EUA, para que um centro de acolhimento para pessoas trans fosse construído. Agora, ao lado da Equality House, pintada com as cores do arco-íris, existe uma “casa trans”. As duas ficam na frente da sede da igreja Westboro Baptist Church, notoriamente homofóbica e transfóbica.

Avery Jackson

Avery Jackson

“Nós estávamos muito felizes com a edição [da National Geographic], porque a gente pensava que ela chegaria às bancas na época em que Hillary tomaria posse”, escreveu a mãe de Avery Jackson, Debi Jackson, no grupo de Facebook Pantsuit Nation. “Mas histórias positivas sobre pessoas trans são ainda mais necessárias agora…”

A versão para as bancas dessa edição da National Geographic terá outra capa, mas ainda não há informações oficiais sobre a razão para que a capa seja diferente. Outras pessoas transgênero aparecem nas páginas da revista.

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Um comentário

bryan

sou gay, mas a teoria queer, de gênero, me da arrepios, mt radical, estou dedicando mais tempo lendo ela, mas acho ela que ela impõe uma fluídez mt grande na identidades das pessoas, vou me dedicar em 2017 para ler mais a respeito

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